quarta-feira, 4 de junho de 2014

Criminalização

A Polícia Civil esta quarta-feira (04 de junho), anunciou o indiciamento de pelo menos 5 pessoas pelas ações que resultaram na depredação do Ginásio Tesourinha durante o que seria a audiência pública sobre o transporte em POA.

Não vou me ater  aos nomes dos indiciados, pelo simples motivo de que eles são apenas isso, indiciados; e devem ter sua privacidade respeitada.

O que pretendo destacar aqui é que o Del. Paulo César Jardim ao comentar o fato de que dois destes indiciados respondem por outros processos, ele esquece de mencionar a forma como se deram estes indiciamentos.
Para citar um exemplo um deles responde por vandalismo na Catedral Metropolitana e no museu Julio de Castilhos, em setembro do ano passado, mas a única prova apresentada até agora é a palavra dos PMs que efetuaram a prisão em um flagrante no mínimo inusitado.

Fica evidente a tentativa de criminalizar a luta, de intimidar quem vai às ruas para protestar e o papel que a mídia coorporativa cumpre ao contar meias verdades, omitindo detalhes que não são de seu interesse, como por exemplo o abuso repressivo do aparato policial montado no Tesourinha, e as agressões gratuitas sofridas por vários militantes, etc...


Sem falar no desfecho que teve esta semana o processo licitatório imposto pela prefeitura.
A pressa do prefeito em empurrar uma licitação goela abaixo para calar grupos como o Bloco de Luta Pelo Transporte Público, acabou desagradando até mesmo a Máfia do Transporte aliada de ocasião do prefeito, pois a insegurança jurídica instalada fez com que nenhuma empresa apresentasse proposta na sessão convocada na terça-feira (03).

Quanto ao inquérito instalado, ele ainda carece de complemento, pois ainda falta ouvir e indiciar pelo menos outras duas pessoas.
E Porto Alegre segue sem uma licitação decente para o transporte público.


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