Foi lançada virtualmente nesta segunda-feira a cartilha Para fazer RÁDIO COMUNITÁRIA com “C” maiúsculo, sob a organização da professora Doutora Ilza Girardi e do mestrando Rodrigo Jacobus. Oriunda de uma primeira versão, realizada em 2002 pela disciplina Projeto Experimental em Jornalismo III do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o material foi reorganizado com enfoque nos comunicadores populares, principalmente, no que toca às orientações práticas. A versão impressa estará disponível ainda esta semana junto aos realizadores e apoiadores.De linguagem simples e fácil compreensão, a cartilha foi elaborada no sentido de tornar a leitura acessível, beirando a didática. O texto tem início com um conteúdo conceitual e de contextualização da mídia na sociedade, tornando-se mais leve durante o desenvolvimento dos capítulos. Ao chegar no assuntos referentes à atividade técnica, a cartilha incorpora o sentido democrático da publicação no sentido de concretizá-la no cotidiano.A publicação deste conteúdo é um passo tão importante quanto a sua aplicação junto aos comunicadores populares, que se dará através de oficinas. Os encontros presenciais serão facilitadores da aplicação do material, pois segundo Jacobus, “ajudará aqueles que tiverem maior dificuldade na digestão das informações”. Somada aos encontro e ao desdobramento dos exercícios, a cartilha torna-se um interessante material de referência para uma prática mais digna nas comunidades.”Para o acadêmico, a cartilha surge a partir da necessidade de construir uma ferramenta que possibilite ampliar os horizontes de emissoras comunitárias. Assim, a comunicação de baixo custo encontra suporte para se tornar uma alternativa viável diante do atual quadro midiático, caracterizado pela industrialização e monopólio. Jacobus afirma que a intenção da iniciativa é “proporcionar uma formação que melhore a coesão do movimento organizado e, ao mesmo tempo, um conjunto de ferramentas e informações que qualifique a produção destas emissoras, considerando-se, claro, que apostamos no potencial dessas emissoras como corrente contra-hegemônica à comunicação de massa praticada na grande mídia”, conclui.A realização do documento tornou-se possível devido ao diálogo entre a universidade e o movimento popular. A UFRGS contribuiu com o suporte logístico, envolvendo professores e especialistas na produção do material. Já a sessão gaúcha da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO-RS) ajudou no desenvolvimento do conteúdo, bem como participou da aproximação entre acadêmicos e comunicadores comunitários, que muito pautaram as informações presentes na publicação.
Fonte:Observatório da digitalização, democracia e diversidade (Unisinos).
Texto: Ana Melo
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